sábado, 13 de abril de 2013

Tarzan e as Amazonas

Tarzan e as Amazonas 
Tarzan e as Amazonas(Tarzan and the Amazons, no original em inglês) é um filme norte-americano de 1945, do gênero aventura
Para o terceiro filme da série na RKO, o produtor Sol Lesser trouxe Jane de volta, agora interpretada pela alta e loura Brenda Joyce. Brenda acabou ficando para mais quatro produções e só perde para Maureen O'Sullivan, que viveu o papel seis vezes. O elenco ainda é valorizado pela escalação da venerável Maria Ouspenskaya, creditada como Madame Maria Ouspenskaya, na peleda rainha das amazonas.
Findas as filmagens, Lesser liberou Weissmuller, que desejava trabalhar em outros projetos por um tempo. Weissmuller assinou um contrato com a Pine-Thomas, uma pequena produtora, para três filmes, dois de guerra e um faroeste. Depois de alguns meses, os dois primeiros foram cancelados porque a Segunda Guerra estava no fim e eles temeram que o público perdesse o interesse no assunto. Quanto ao faroeste, não se conseguiu nenhum roteiro adequado. A Weissmuller, que engordava e resmungava por maisdinheiro, não restou outra alternativa senão voltar a vestir a tanga e escalar as árvores.

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Sinopse no comando de uma expedição, da qual faz parte o bandido Ballister, pedem ao Homem Macaco que os guie até um vale perdido, onde esperam recolher antiguidades. Tarzan recusa o convite, porém Boy, que também conhece o caminho, acaba por ser ludibriado e consente em levá-los. Daí, a rainha de uma tribo de mulheresguerreiras que habitam o vale pede ajuda ao rei das selvas.

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Recepção Critica Lançado em 19 de março de 1945, Tarzan e as Amazonas não despertou muita atenção. A Variety elogiou o diretor, que "após um início lento, priorizou a ação e fez com que ospersonagens fossem tão críveis quanto a série permite".
Para Leonard Maltin, o filme é "uma divertida bobagem, valorizada pela diminuta Ouspenskaya".Elenco
Ator/AtrizPersonagem
Johnny WeissmullerTarzan
Brenda JoyceJane
Johnny SheffieldBoy
Henry StephensonSir Guy Henderson
Mme. Maria OuspenskayaRainha das amazonas
Barton MacLaneBallister
Don DouglasAnders
J. M. KerriganSplivens
Shirley O'HaraAthena
, dirigido por Kurt Neumann e estrelado por Johnny Weissmuller e Brenda Joyce.





domingo, 7 de abril de 2013

Confidencias a meia noite

Confidências à meia-noite..  Pillow talk, título original deste filme de 1959, é uma expressão que designa uma conversa íntima e leve, normalmente acompanhada de carícias e chamegos. Esta "conversa de travesseiro" se dá ao acordar ou após uma noite de amor. O título brasileiro falha ao não transmitir este lado leve e, ao mesmo tempo, erótico presente no título original e que combina perfeitamente com o filme. 


A comédia romântica é estrelada por uma das mais célebres duplas do cinema: Doris Day e Rock Hudson (foto abaixo).


O argumento do filme é ótimo: em uma época em que ter linha telefônica em casa não era tão simples, duas pessoas vêem-se obrigadas a dividir a mesma linha. O problema é que quando um a utiliza, o outro não a pode usar e, além disso, um pode escutar toda a conversa do outro pelo telefone. Obviamente esta situação gera uma grande confusão. As duas pessoas unidas pela mesma linha telefônica são a decoradora Jan (Doris Day) e o compositor Brad (Rock Hudson).  Ele é mulherengo e cafajeste. Ela é solitária e workaholic.

Esta comédia romântica é um grande clássico do gênero e não perdeu seu charme até com o passar dos anos. Grande parte deste charme vem do carisma dos seus protagonistas e da química que eles mostram em cena. Doris Day e Rock Hudson formavam, realmente, um lindo casal  Não é por acaso que os americanos se apaixonaram por eles. Neste filme, Doris Day está adorável e Hudson mostra que não é apenas um galã. Ele encarna um personagem que poderia ser odiável, pela sua canalhice e machismo, mas que consegue seduzir também o espectador.

Os dois são amparados por coadjuvantes de peso: o ótimo Tony Randall e esta maravilhosa atriz que , para mim, sempre rouba a cena:



Essa é Thelma Ritler, eterna coadjuvante, presente em grandes filmes como A malvada e Janela Indiscreta. Minha cena favorita do filme é, justamente, comandada por ela, que, no filme, é a empregada alcoólatra de Jan.-



O filme é dirigido por Michael Gordon, especialista em comédias. Ele não é nenhum Billy Wilder, mas nos proporciona ótimos momentos, como a cena em que Doris Day dá uma palhinha e canta no bar... Bobo, romântico, engraçado e com diálogos que mesclam certa malícia e inocência, este filme me deu a sensação de ser transportado para os anos 50. Confidências à meia noite vai te deixar com um sorriso no rosto por muito tempo, mesmo depois do seu fim, isso se você gosta de comédias românticas...

Uma curiosidade do filme é que em uma cena o personagem de Hudson insinua que alguém no filme é gay (veja o filme e descubra quem), sendo que o ator era homossexual na vida real. O que torna tudo mais irônico.

Da série grandes injustiças do Oscar- Confidências à meia noite (1959)


Pillow Talk 1959 12
A gente sabe que o Oscar é um prêmio injusto, que se orienta mais por política que por mérito. Tanto que a diversão favorita de muitas pessoas em época de premiação é fazer listas separadas de filmes favoritos e dos que provavelmente irão ganhar pela lógica da academia. Mesmo assim, às vezes eu me surpreendo muito de ver o abismo de qualidade entre o vencedor e seus concorrentes, como aconteceu em 1960 quando Confidências à meia-noite (Pillow Talk)  ganhou na categoria Melhor Roteiro Original.
Não é por ser comédia que eu acho Confidências fraco, mas a história realmente não tem nada de mais, até pros padrões da época. Foipillow talk o filme que deu a Doris Day a fama de “virgem tardia” já que ela passa quase o tempo inteiro resistindo às investidas do Rock Rudson (e fez isso em mais dois outros filmes).
Os personagens principais eram desconhecidos que dividiam a mesma linha telefônica, algo que realmente acontecia em meados do século XX, por mais estranho que pareça.
Enquanto que ela era uma decoradora cheia de dignidade, ele era um compositor da Broadway galanteador, que passava o dia ocupando a linha cantando pras suas namoradas. Lógico que eles vão se odiar e lógico também que, segundo os cânones da comédia romântica,  isso só pode dar em casamento. Porque faz todo sentido que as melhores moças até resistam, mas acabem irremediavelmente apaixonadas por sujeitos que mentiram pra elas o filme inteiro. Nós aprendemos que o poder do amor é capaz  de regenerar o pior dos cafajestes.
Pra não dizer que eu achei tudo ruim, o Rock Rudson é realmente  um “pão”, como diria minha avó. O uso das telas divididas é bem divertido também, seja pra driblar a censura e dar a impressão de que o casal principal divide a banheira ou a cama, ou pra ilustrar as diversas conversas telefônicas. Se bem que nesse último caso já foi repetido tão à exaustão que já não tem muita graça.
pillow-talk-splitscreen
Em certo momento do filme, o Rock Rudson tenta convencer a mocinha de que o sujeito com quem ela vai sair (que na verdade é ele mesmo disfarçado) é gay. Ele não usa essa palavra, mas diz que ele pode “ser apegado demais à mãe, ou gostar demais de fofocas e livros de receitas”. Tudo fica especialmente estranho considerando que o próprio ator era homossexual, embora não assumido na época. Seria uma estratégia do estúdio pra desmentir os rumores?
Muitas outras bizarrices acontecem ainda.  A mocinha ser agarrada à força por um cara que lhe dava carona e além de permanecer no carro, ela ainda aceita o convite dele pra ir pra um bar! Bar este que se chamava “Copa del Rio” e que recria uma atmosfera tipicamente brasileira com dançarinos de merengue que tocam uma espécie de mambo! Quando ela descobre toda a verdade sobre o possível homem da sua vida, é estapeada por um amigo quando chorava convulsivamente! E por fim, um médico está convencido de que um certo personagem (homem) possa estar grávido e se dedica a ir atrás dele!
Não dá realmente uma revolta ver que uma pérola dessas esteve na frente de três clássicos do cinema?
E Doris Day não é a cara da Xuxa?