Essa civilização que o vento levou é definida assim na abertura do filme:
Gone with the Wind (E Tudo o Vento Levou ou ...E o Vento Levou) é um filme
clássico americano
de 1939
, um romance dramático
, dirigido por Victor Fleming
e com roteiro
de Sidney Howard, adaptado do livro homónimo
de autoria de Margaret Mitchell
. Entre os colaboradores do roteiro estiveram também os escritores F. Scott Fitzgerald
eWilliam Faulkner
. É o filme com maior faturamento da história, consideram a inflação.
Apesar de a direção ter sido creditada exclusivamente a Victor Fleming, ele dirigiu apenas 45% do filme, com o restante cabendo a George Cukor, Sam Wood, William Cameron Menzies e Sidney Franklin, todos não-creditados.
O filme foi produzido por David O. Selznick, a trilha sonora é de Max Steiner, a fotografia de Ernest Haller e Ray Rennahan, odesenho de produção de William Cameron Menzies, a direção de arte de Lyle R. Wheeler, os
figurinos de Walter Plunkett e amontagem de Hal C. Kern.
A produção de Gone with the Wind custou pouco mais de cinco milhões de dólares aos cofres da MGM e, quatro anos depois de seu lançamento, a renda obtida pelo filme nas bilheterias já superava a marca dos 32 milhões de dólares.
O filme, na sua primeira parte, mostra uma visão idealizada da sociedade branca do velho sul dos Estados Unidos da América. Os senhores de
escravos são mostrados como protetores benevolentes, e a causa confederada como nobre defesa da terra natal e de um modo de vida.
| Existia uma terra de cavalheiros e campos de algodão chamada "O Velho Sul". Neste mundo bonito, galanteria era a última palavra. Foi o último lugar que se viu cavalheiros e damas refinadas, senhores e escravos. Procure-a apenas em livros, pois hoje não é mais que um sonho. Uma civilização que o vento levou! |
—
|
Na segunda parte do filme, após a derrota do Sul na Guerra Civil, é mostrado os ex-escravos, juntos com os nortistas, (os ianques), explorando os endividados fazendeiros sulistas. Com isso, o filme apresenta um alinhamento tardio com o movimento chamado
Lost Cause, como
Jezebel,
The Undefeated, Santa Fe Trail,
The General e
The Birth of a Nation, os quais também apresentam uma visão positiva sobre a socieade sulista e apresentam a visão sulista sobre a Guerra Civil.
Gone with the Wind foi um dos primeiros filmes a cores, usando a tecnologia technicolor, a ganhar o
Oscar de melhor filme. Este também é o 2° filme mais longo da história a entrar nos circuitos dos cinemas, com 3 horas e 53 minutos de duração, perdendo apenas para
Cleópatra, e provavelmente o 4° filme mais comprido de todos os tempos, segundo estimativas perde apenas para
A Cura da Insônia e
Cleópatra já citado.
Sinopse
O filme conta a história da voluntariosa Scarlett O'Hara, filha de um
imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do Sul dos Estados Unidos, pouco antes da Guerra Civil Americana.
Scarlett começa o filme como uma bela e mimada jovem, que vive na
fazenda de seus pais. Ela é apaixonada por Ashley Wilkes, filho do fazendeiro vizinho, mas este fica noivo da doce Melanie Hamilton. Em meio a esta descoberta, Scarlett conhece Rhett Butler, um cavalheiro de má reputação e que não toma partido na disputa entre Sul e Norte do país. Butler se apaixona instantaneamente por Scarlett, que não o retribui. Para fazer ciúmes em Ashley, logo em seguida, Scarlett casa-se com Charles Hamilton, irmão de Melanie. Após os casamentos, Ashley e Charles partem para a Guerra Civil, recém-declarada. Contudo, Charles morre pouco tempo depois disso. Após ficar viúva, Scarlett vai para a cidade de
Atlanta para viver com Melanie e aguardar a volta de Ashley, e acaba por servir ao Sul, como enfermeira, ajudando a cuidar dos feridos da chamada
Guerra de Secessão. Durante esse tempo fora de casa ela começa a sentir na pele o sofrimento,
fome e
pobreza. Ao voltar para a fazenda dos pais, Scarlett encontra sua mãe morta, seu pai louco e toda a fortuna destruída. Diante dessa situação desesperadora ela toma as devidas providências para não deixar que tomem a sua querida fazenda Tara. Para tanto, ela casa-se com o noivo de sua irmã por este estar prosperando, mesmo ainda amando Ashley. Todavia, Scarlett torna-se viúva novamente.
Durante esse processo, Scarlett precisa da ajuda de Rhett diversas vezes, chegando até a se casar com ele após a perda de seu segundo marido, por interesse. O casamento é conturbado e o casal têm uma filha, Bonnie, que morre tragicamente. Pouco depois, Melanie adoece e morre. Ao ver a desolação de Ashley pela morte da esposa e Rhett indo embora, Scarlett faz uma importante descoberta; contribuindo assim para o desfecho surpreendente.
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Elenco
Ator/Atriz | Personagem |
Vivien Leigh | Scarlett O'Hara |
Clark Gable | Rhett Butler |
Olivia de Havilland | Melanie Hamilton Wilkes |
Leslie Howard | Ashley Wilkes |
Hattie McDaniel | Mammy |
Thomas Mitchell | Gerald O'Hara |
Barbara O'Neil | Ellen O'Hara |
Evelyn Keyes | Suellen O'Hara |
Ann Rutherford | Carreen O'Hara |
George Reeves | Stuart Tarleton |
Fred Crane | Brent Tarleton |
Butterfly McQueen | Prissy |
Victor Jory | Jonas Wilkerson |
Everett Brown | Big Sam |
Howard Hickman | John Wilkes |
Alicia Rhett | India Wilkes |
Rand Brooks | Charles Hamilton |
Carroll Nye | Frank Kennedy |
Mary Anderson | Maybelle Merriwether |
Mickey Kuhn | Beau Wilkes |
Cammie King | Bonnie Blue Butler |
Ona Munson | Belle Watling |
Laura Hope Crews | Tia Pittypat Hamilton |
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Principais prêmios e indicações
É o segundo filme com o maior número de indicações ao
Oscar, ficando atrás apenas dos empatados
A malvada, de 1950, e
Titanic, de 1997, que foram indicados a 14 Oscares.
…E o vento levou, que teve 13 indicações ao Oscar, conseguiu vencer oito e, fora das indicações tradicionais, conquistou outros dois especiais (um honorário e outro técnico), fato que o fez tornar-se o ganhador de dez estatuetas, sendo superado apenas por
Ben-Hur, de 1959, que conquistou onze estatuetas (embora tenha tido menos indicações que
…E o vento levou, 12).
Atualmente, ao lado de Amor, sublime amor, de 1961, …E o vento levou também é o segundo filme com o maior número de Oscares ganhos, ficando atrás dos empatados Titanic(onze prêmios em 14 indicações), Ben-Hur, de 1959 (onze prêmios em 12 indicações) e O Senhor dos Anéis: Retorno do Rei, de 2003 (onze prêmios em onze indicações).
Categoria | Indicado | Resultado |
Melhor filme | David O. Selznick | vencedor |
Melhor diretor | Victor Fleming | vencedor |
Melhor ator | Clark Gable | indicado |
Melhor atriz | Vivien Leigh | vencedor |
Melhor atriz coadjuvante | Hattie McDaniel | vencedor |
Melhor atriz coadjuvante | Olivia de Havilland | indicado |
Melhor roteiro adaptado | Sidney Howard | vencedor |
Melhor direção de arte | Lyle R. Wheeler | vencedor |
Melhor fotografia | Ernest Haller e Ray Rennahan | vencedor |
Melhor montagem | Hal C. Kern | vencedor |
Melhores efeitos especiais | Jack Cosgrove, Fred Albin e Arthur Johns | indicado |
Melhor trilha sonora | Max Steiner | indicado |
Melhor som | Thomas T. Moulton | indicado |
Technical Achievement Award (Oscar científico ou técnico) | R.D. Musgrave, pelo pionerismo na utilização de equipamentos coordenados na produção do filme | vencedor (prêmio especial) |
Oscar honorário | William Cameron Menzies, pelo excelente desempenho no uso de cores para a valorização do humor dramático na produção do filme | vencedor (prêmio especial) |
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Bastidores das filmagens
Ficou famosa em Hollywood a disputa das atrizes pelo papel de Scarlett. Mais de 1400 atrizes foram entrevistadas para o papel, sendo que mais de 400 chegaram a fazer leitura do roteiro. Vivien Leigh, que era inglesa (apesar de nascida na
Índia), foi escolhida pelo produtor David O. Selznick quando já haviam iniciado as filmagens. Durante as filmagens do incêndio de
Atlanta, ele a viu ao lado de seu marido, o ator Laurence Olivier, e logo lhe ofereceu o papel da heroína sulista.
Vivien Leigh trabalhou nos sets de filmagem por 125 dias e recebeu por isso a quantia de 25 mil dólares; já Clark Gable trabalhou por 71 dias e ganhou 120 mil dólares.
Durante as filmagens, ninguém na produção acreditava que Vivien Leigh fosse resistir ao charme de Clark Gable. Mas, na verdade, eles não se entendiam, pois ela considerava pouco profissional que ele deixasse o estúdio sempre às seis da tarde, todos os dias. Ele achava um abuso oferecer um papel essencialmente norte americana a uma atriz
britânica.
Vivien se entendia bem com o diretor George Cukor. Gable preferia Victor Fleming. Vivien odiava o hálito de Gable - ele comia
cebolasde propósito, poucas horas antes de gravar - e o cheiro de
licor, que a deixava com náuseas. Ele revelou que, quando a beijava, pensava em um bife. Na verdade, na pele de Rhett Butler ou Scarlett O'Hara ou na de Clark Gable e Vivien Leigh, eles jamais se entenderam.
Hattie McDaniel tornou-se a primeira artista de origem
africana a ser indicada e a receber um prêmio Oscar (o de melhor atriz coadjuvante). Porém, ela não pôde comparecer na première de
Gone with the Wind, em Atlanta, por causa das leis
racistas.ATORES AINDA VIVOS;
- Alicia Rhett, nascida em 1915
- Olivia de Havilland, nascida em 1916
- Mary Anderson, nascida em 1920
- Mickey Kuhn, nascido em 1932
Sequência
Durante muitas décadas especulou-se em
Hollywood se uma sequência para o filme seria produzida. A escritora original de
Gone with the Wind faleceu, em 1949, sem nunca ter escrito uma continuação para a obra, como fãs gostariam.
[2] No entanto, em 1991, os herdeiros do espólio de Mitchell autorizaram a romancista Alexandra Ripley a publicar uma sequência para o romance, intitulada
Scarlett. O livro foi adaptado como uma
minissérie televisiva
homônima em 1994 pela CBS, estrelada por Timothy Dalton como Rhett Butler e Joanne Whalley como Scarlett O'Hara, sendo a única sequência oficial do filme.
[4]Curiosidade
O produtor
David O. Selznick comprou os direitos de adaptação do livro de Margaret Mitchell apenas um mês após sua publicação. A autora recebeu US$ 50 mil pela negociação, a quantia mais alta paga até então pela adaptação do livro de estreia de um auto